Sobre o falar...


Eu sou daquele tipo, que vive em constante mudança. E mudar, quase sempre, dói. Mas eu gosto de mudar. Não sei ser a mesma para sempre. 

E nos últimos meses (digo meses, pois esse processo tem ocorrido há mais ou menos dois anos), passei por várias mudanças. Sejam elas em comportamento, sentimento, relacionamentos, áreas matérias, espirituais, mentais... E afins... As mudanças aconteceram. Algumas foram boas, outras ruins.

E uma delas, foi a ser mais “polida” ao falar. Mais sábia ao falar.

Eu sempre fiz o tipo “durona”. Que “falava mais que a boca”. Que “falava na cara e na lata”... Mas preciso confessar que me prejudiquei muito por isso.
Perdi coisas, momentos e pessoas muito importantes, por palavras impolidas.

Em 2009, fiz um pedido ao Criador.
Pedi a Ele, que sonda-se minha boca. E que me ensina-se a falar.
E claro, não só pedi, como me determinei a isto.

Mas puxa... Como é difícil, não é mesmo?

Ficar quieto diante de uma mentira, diante de uma acusação. Manter o equilíbrio diante de um grito, ou uma ofensa. E ainda por cima, olhar bem nos olhos e perdoar. É. Não é fácil. E dói. Dói muito. Mas... Quem mandou pedir? Se pediu, agora agüenta!

E o tratamento de Deus é assim. Ele “quebra tudo e faz de novo. O amor Dele desfaz, e refaz”. 

Estou aprendendo a falar...

Hoje, resolvi ter uma conversa de “homem para homem”, com você, que irá ler isso. E também quero aproveitar e fazer observações importantes a você que é um Líder por natureza. 

Vamos lá, “de homem para homem”. rs

Atualmente, virou moda ser polêmico. Antes, isso era apenas para os “durões”. Atualmente, virou modinha. Polemizar tudo e todos, é o que há. “FALAR MESMO” é a moda. Não se importar com a opinião alheia, é o refúgio. E ser “bocudo”, é uma forma de defesa. E “falar mesmo”, ser “polêmico” e “bocudo” não é o mesmo que ser Líder e influente.

Para muitas pessoas, a teoria e prática de liderança, é praticamente uma filosofia de vida (para mim, também). E tudo isso, liga a opiniões sobre; política, relacionamento, ciência, sociedade e etc. Formando então, o caráter da pessoa. 
E é isso que dirá, se a pessoa tem vocação para ser líder, ou não.

Eu acredito no ser humano. E acredito que todos nós, somos potencialmente líderes. Alguns em evidência, outros não.

Tudo começa na infância. Na forma como você vê (ou não) a sua “pequena” vida.
E é na infância, onde enfrentamos os primeiros desafios. Onde nos deparamos com o “tudo ou nada”. Começando por adaptar-se a depender totalmente de sua mãe (ou de quem te cria). Para comer, para banhar, para estar coberto, para sentir calor ou frio e até para soltar “peidinhos”. É, meu caro! Se sua mãe não te virasse de costinhas para baixo, você ia explodir. Ou morrer de dores.

Humores negros a parte.

Desde que me conheço por gente, vejo o homem criando coisas, formas e teorias, para demonstrar sua fragilidade (ou a fragilidade alheia), e a ruptura do sentido unitário do homem. E da mesma forma vejo o homem buscando respostas, curas e até mesmo explicações para definir o que jamais poderá ser definido por nós, homens. Não por serem perplexas demais. E sim por simplesmente “serem do alto”. 

O universo, por exemplo. Como poderei defini-lo, se não sei nem mesmo se ele tem um fim?

Em filmes, livros, reportagens da atualidade, os assuntos giram sempre em torno dos mesmos temas: agressividade, guerra, vampirismo, corrupção e sexualidade. Falar disso, e estar sempre bem informado, são características da “Geração Y”. Dos líderes dessa geração. E mesmo havendo um milhão e meio de assuntos para se tratar, e um milhão e meio de coisas para se explicar, como as coisas que disse acima, o homem busca (desde sempre) explicações para coisas que jamais será capaz de explicar; a vida, a morte e o que virá depois disso.

Somos filhos de uma natureza errante. Não podemos negar. 
Saber a origem da vida, do universo e o fim disso, é demais para nós. Contente-se com isso, meu querido. Você é grande, mas não é dois.

Com essa busca sem fim, para respostas sem fim... O homem se perdeu em seus próprios conceitos, em seus próprios “saberes”. Criando uma imunidade tão grande, que o priva de aceitar o que é certo e o que é errado.

Nenhum homem sabe mais o que é certo e o que é errado. Cada um, quando deve fazer uso de juízo, emitir juízo sobre bem ou mal, imediatamente uniformiza a própria mente naquilo que aprendeu quando era criança, aquilo que aprendeu na família, aquilo que construiu em seu mente, ao longo dos anos. E quase sempre, não tem certeza de que aquilo é realmente o certo. Mas deposita suas crenças sobre aquilo, por simplesmente ter aprendido assim. E assim, cria e recria dia após dia um personagem que “acha tudo normal”, que “aceita tudo”, que “a vida é assim mesmo”, que “errar é humano”, ou que “o homem é capaz de qualquer coisa”, ou “tudo se explica”... Etc, etc.


Triste imperfeição!
Precisamos entender que somos homens egoístas, que criamos e estimulamos coisas para que o interesse público chegue até nossos próprios interesses. 
Que somos puros ambiciosos do poder. Somos pecaminosos, somos totalmente errantes, totalmente meros e frágeis mortais. E que ainda assim, podemos mudar a história da humanidade.  A vida é um livro, página por página. Comece já, virando as páginas. Seja o feitor de uma nova história. Marque a vida de seus amigos (ou contatos) buscando não apenas explicações, mas buscando mudança, solução, transformação, para coisas aqui, da terra, do nosso mundo, onde nascemos, vivemos e morremos.

Ok, não vou ficar aqui, dizendo a você o que deve ou não fazer. 
Sua mente, seu guia.

Mas tenho que te contar uma coisa:
Você é influente. E se você é influente (seja para o bem ou mal), se você é capaz de influenciar pessoas ao seu redor... Então, você é potencialmente um líder. E cada vez que um líder é posto para representar algo, diante dos homens, ele esta tomando uma posição de Deus na terra. 

Para você pai, represente Deus para o seu filho. Para você mãe, represente Deus para sua filha. Para você pastor, represente Deus para suas “ovelhas”. Para você jovem, represente Deus para os teus amigos. Por que você esta representando uma geração. Seja ela nomeada “Y” ou não. VOCÊ É UM REPRESENTANTE! Seja fiel e honre esse posto.

“Antes que te formasse no ventre de sua mãe. Antes que saísse da madre, eu o chamei, te escolhi e te constitui profeta às nações. Então, disse eu ao Senhor: Ah, Senhor! Eu não sei falar, pois não passo de um menino. Então o Senhor me disse: Não diga que és um menino. Pois o que onde eu te enviar, irás; e tudo quanto mandá-lo dizer, diga. Não tema diante dos inimigos, pois eu sou contigo. Depois, estendeu a mão sobre minha boca, e tocou-me, e me disse: Eis que ponho em tua boca, as minhas palavras. Olha que hoje te constituo sobre as nações e sobre os reinos, para arrancares e derribares, para destruíres e arruinares. E também para edificares e para plantares.” (Jeremias 1:5).

Por isso, cada vez que for falar “diante de um povo”, tenha responsabilidade.
Haja cautela e sabedoria.  Não precisa ser doce. Pode até ser amargo. Mas diga o que é certo de forma certa. Não o que é certo de forma errada. E não seja tão fútil, e dissimulado, a ponto de falar o que é errado de forma certa. “O que é errado, é errado. O que é certo, é certo.”

E saiba como e quando ficar em silêncio. Sim, o silêncio pode ser “ouro”, mas a prata polida encanta qualquer olhar. E para nós “bocudos” é mais fácil falar do que calar... Vamos ser ao menos “polidos”. E isso serve também, para os nossos dedinhos.

É como sempre digo:
 “Se for falar uma palavra mal-dita, não conte até dez. Conte até vinte, até se acalmar. Se contar até vinte e não se acalmar, conte até cem. Se contar até cem e não se acalmar, NÃO FALE! Pois corações são feridos por palavras mal-ditas”.

Que suas mãos, sejam “mãos de Deus”. E sua boca, seja “boca de Deus”, na terra.

Profetizo isso sobre mim, também.
Assim seja, então.

Beijo e queijo!

Thais Lira